Milicos vão em cana por crimes contra a humanidade
Os Punheteiros da Bandeira sul-americanos — que aplaudem governos tirânicos e simplesmente AMAM homens uniformizados — vêm sofrendo duros golpes (HAHA) neste aprazível mês de novembro. São os mesmos babacas reacionários de sempre, que só fazem chupar a bola dos milicos e balbuciar frases estúpidas sobre como Uma Nova Ditadura Colocaria Tudo Nos Eixos, e que não devem ser levados a sério sob nenhuma circunstância. Reflito constantemente sobre os motivos que levam uma pessoa a aprovar a conduta de assassinos & estupradores, mas não consigo chegar a uma conclusão plausível. Talvez sejam todos doentes mentais.
Mas vamos aos fatos:
Ontem, o prefeito do distrito de Providência, em Santiago, organizou um evento a fim de homenagear Miguel Krassnoff, um ex-brigadeiro do regime Pinochet. Krassnoff foi condenado a 144 anos de prisão em 2006, acusado de sequestrar e matar 23 pessoas durante a ditadura chilena. Acontece que, como todos nós sabemos — tomando como base acontecimentos recentes, como os incendiários protestos estudantis em prol de uma educação gratuita e de qualidade no país — os chilenos não ficam calados diante das falhas do governo, e na certa não o fariam nessa situação. Segundo o Estadão, aproximadamente 2000 manifestantes receberam os convidados do evento “com uma chuva de golpes, ovos e insultos”.
A cereja do bolo, porém, é outra.
No começo desse mês, militares argentinos — entre eles o ex-general Luciano Benjamin Menéndez, que já acumula seis condenações à prisão perpétua por sequestros, torturas e assassinatos, o tenente Jorge Olivera, acusado do sequestro, tortura, estupro e assassinato da modelo Marie Anne Erize, e quatro ex-pilotos dos “voos da morte” — foram julgados e condenados pela Justiça do país pelos crimes cometidos durante a ditadura.
A Justiça brasileira poderia seguir caminho semelhante, julgando e condenando os criminosos de farda que agiram durante o nosso regime militar. Assim como Krassnoff, no Chile, aqui os mesmos são incoerentemente tratados como heróis por alguns. Contudo, a lei de acesso a informações públicas e a criação da Comissão da Verdade, sancionadas pela presidente Dilma, podem mudar esse cenário deprimente. Esperemos.
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